quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Os Direitos Humanos  - passado, presente... que futuro?

As ideias e valores subjacentes aos direitos humanos estão desde sempre implicados na história do Homem, sobretudo no atinente a crenças religiosas e culturais. O primeiro registo coerente com a intenção de estabelecer uma declaração dos direitos humanos foi cilindro de Ciro, escrito por Ciro, o grande, rei da Pérsia por volta de 539 a.C..  
Filósofos europeus da época do Iluminismo desenvolveram teorias da lei natural que influenciaram a adoção de documentos como a Declaração de Direitos de 1689 da Inglaterra, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, na França, e a Carta de Direitos de 1791 dos Estados Unidos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os aliados adotaram as Quatro Liberdades: liberdade da palavra e da livre expressão, liberdade de religião, liberdade por necessidades e liberdade de viver livre do medo. A Carta das Nações Unidas reafirmou a fé nos direitos humanos, na dignidade e nos valores humanos das pessoas e assegurou que todos os seus estados membros promoviam o respeito universal e a observância dos direitos humanos e liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião .
Quando as atrocidades cometidas pela Alemanha nazi se tornaram conhecidas depois da Segunda Guerra, o consenso entre a comunidade mundial era de que a Carta das Nações Unidas não tinha definido suficientemente os direitos a que se referia. Era, então, necessária uma declaração universal que especificasse os direitos individuais, que enfatizasse os direitos humanos.  
A Declaração Universal foi adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas no dia 10 de dezembro de 1948 com 48 votos a favor, nenhum contra e oito abstenções (a maior parte do bloco soviético).
 Mesmo não obrigando governos legalmente, a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada ou influenciou muitas constituições nacionais desde 1948.  
É o documento traduzido no maior número de línguas. Em dezembro de 2012, o site oficial da Declaração Universal dos Direitos Humanos assinalava a existência de 403 traduções disponíveis.
Perante esta breve resenha histórica, colocamos a seguinte questão: serão, de facto, respeitados os Direitos Humanos em todos os locais e contextos? Terá o Homem conseguido realizar todas as aprendizagens que a sua História lhe tem proporcionado? Como ponto de partida para a reflexão acerca das possíveis respostas a estas questões, deixamos-te um video bastante interessante e esclarecedor (perdoe-se a fraca qualidade das legendas, escritas na variante brasileira e pouco cuidadas).

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

10 de dezembro , dia a marcar na agenda…

A data em epígrafe foi escolhida para honrar o dia em que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Esta declaração foi assinada por 58 estados e teve como objetivo promover a paz e a preservação da humanidade após os conflitos da 2ª Guerra Mundial que vitimaram milhões de pessoas. É, também, nesta data que é entregue o Prémio Nobel da Paz.
Curiosamente, no dia 27 de Janeiro assinala-se o Dia do Holocausto o que nos leva a recordar e a refletir sobre todas estas questões durante uma sequência temporal significativa.
Neste sentido e, no âmbito do projeto aLer+ - Ler/Educar para a cidadania, as Bibliotecas Escolares irão dinamizar um conjunto de ações e atividades (ao longo deste período de tempo). Preveem-se as seguintes:
- Visionamento de pequenos filmes/animações e reflexão em torno dos valores/atitudes apresentados;
- Visionamento dos filmes: A lista de Schindler, Os últimos dias, A queda, O pianista, Páginas de liberdade, A vida é bela, Filadélfia, Os condenados de Shawshank, Favores em cadeia,
- Atividades de escrita/ ilustração em torno dos direitos consignados na Declaração Universal dos Direitos Humanos;
- Leitura de excertos das obras: O Diário de Anne Frank, Fumo, O Rapaz do Pijama às riscas, Moushi, o Gato de Anne Frank, Contai aos vossos filhos.


Assim, convidamos as turmas a participarem nas actividades em referência (agendar na BE) e a participarem na construção do painel dos direitos humanos com a escrita e ilustração de um direito (o painel estará disponível a partir do dia 4 de dezembro).