segunda-feira, 4 de julho de 2011

Maratona da Escrita

No âmbito da Semana da Leitura, desafiámos os alunos a construírem uma história colectiva, dando continuidade à frase: "Era uma vez uma casa assombrada e muito velha, nela vivia um homem tão velho como ela."
Apresentamos aqui o resultado dessa experiência criativa.
Aos nossos escritores, os parabéns!


A Casa Assombrada

                Era uma vez uma casa assombrada e muito velha, nela vivia um homem tão velho como ela. Corria o boato de que ele era um vampiro e que assombrava aquela casa. Nunca ninguém o vira a sair para a rua de dia: ele era mais pálido do que farinha e sempre que ia às compras, só trazia um chouriço de sangue. Ninguém se atrevia a aproximar-se daquela moradia nem do seu proprietário. É claro, que eu não acredito em vampiros por isso, decidi ir investigar e é assim que a história começa.
              Estava um dia soalheiro, enchi-me de coragem e fui entrando sorrateiramente na casa. De repente, a porta fechou-se sozinha, o velho recebe-me com um ar zangado e diz-me:
-Quem és tu? Como te atreves a invadir o meu território sem permissão?
- Eu sou a Joana…a vizinha do lado e queria conhecê-lo melhor...
-Não tens nada a ver com a minha vida. Vai-te embora e não voltes! – bradou o homem.
                Quando saí, o dia continuava abafado e no céu grandes nuvens escuras formavam um círculo misterioso por cima da casa. Não me deixei intimidar, enfrentei a nuvem mais escura com olhar meigo e pisquei-lhe o olho direito. Um trovão ribombou por cima de mim. Fugi.
                  Mais tarde, sozinha no conforto do meu quarto, revivi o encontro falhado daquela tarde e dei comigo a espiar o meu vizinho e a imaginar um plano para regressar à casa assombrada, no dia seguinte. Lá fora, no jardim que rodeia a casa, a um canto, junto do abrigo do Rocky, uma pequena bola colorida despertou a minha atenção. Fez-se luz!
           Desci as escadas, abri a porta, olhei fixamente para a misteriosa bola e alcancei-a.
          Já nas minhas mãos, olhei-a e deparei-me com um momento extraordinário e único.
          Nela, observei uma rapariga de cabelos compridos, com aparelho dentário e olhos castanhos, muito semelhante a mim, igual a mim.
         Virei-me de repente, convencida de que a imagem que via reflectida na bola era a minha própria imagem. Estava redondamente enganada! Atrás de mim, estava uma menina que era a minha cópia fiel. Com muito medo, consegui perguntar-lhe:
-Quem és tu? Como podes ser igualzinha a mim?
                A outra menina estava aterrorizada e não conseguiu proferir uma só palavra. Estava pálida, muito tensa e os seus lábios não paravam de tremer.
                Subitamente, o céu escureceu de repente e um grande relâmpago iluminou toda a casa.          Olhámos nessa direcção e à porta estava o velho todo vestido de preto. Assim vestido, fazia lembrar o Drácula. Eu e a minha cópia desatámos a fugir, fugíamos com todas as nossas forças. No entanto, não conseguimos ir muito longe… Algo à nossa frente nos obrigou a parar. Pasme-se! Era o velho que, como por magia, se transformou numa nuvem muito negra e desvaneceu-se nos ares. Por estranho que pareça, a menina igual a mim também desapareceu. Afinal não passava de uma cópia criada por aquela criatura sinistra e malvada.

Verónica 6ºE
Alunos do 7ºC
Sandra Farinha nº 19, 8ºE
Miguel Lourenço, nº17, 8ºE

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