terça-feira, 21 de janeiro de 2014


Clube de Leitura da BE

 E cá continuamos... Todas as quartas à tarde nos reunimos para usufruirmos da magia das palavras, discutindo leituras, trocando impressões, partilhando ideias e, também, escrevendo.
 Como já anteriormente referimos, uma das obras que nos tem ocupado é O Triunfo dos Porcos de George Orwell, representação simbólica da sociedade numa abordagem fabulística e inquietante. A este propósito, surgiram-nos algumas reflexões e comentários de que vos deixamos aqui um pequeno exemplo, esperando motivar o interesse e a vontade de se juntarem a nós (continuamos a ser poucos, embora cheios de convicção...).



“ - Tática, camaradas, tática!
Os animais não sabiam bem o que esta palavra significava, mas Squealer falava com tanta persuasão e os três cães, que por acaso estavam com ele, rosnavam tão ameaçadoramente, que eles aceitaram a sua explicação sem fazer mais perguntas.”

   Este excerto mostra claramente que os animais estão a ser enganados sem perceberem e hoje em dia, isto também acontece. Quer seja na política, no mundo do trabalho, no meio da rua…
   Squealer usou a força da palavra e do conhecimento para persuadir os animais, apoiando-se também na força bruta. Hoje, a força já não é muito usada, mas continua a haver muitas burlas, pois já há pessoas com conhecimento suficiente para manipular os outros sem recorrer à força.
   Uma pessoa que não é muito culta/informada é indefesa, tal como uma criança que diz sim a tudo quando é confrontada com palavras mais difíceis.
   Na minha opinião, o saber é muito importante e devemos ter curiosidade para saber ainda mais. Assim temos um escudo contra o “ataque” daquelas palavras mais complexas, o conhecimento. E tal como um cavaleiro quer um escudo o mais forte possível, também nós devemos querer a nossa mente o mais reforçada possível.
    Para além de bons escudos, as palavras também dão boas armas de ataque, que neste caso foram usadas por Squealer para persuadir os animais mais ignorantes.
   A força da palavra é uma das coisas mais úteis e usadas neste mundo. Toda a gente já a rentabilizou pelo menos uma vez. Por exemplo, quando queremos ir a casa de um amigo e os nossos pais não deixam ir. Nós tentamos logo argumentar de maneira a que nos deixem sair, mas para isso é preciso saber falar, saber usar as palavras a nosso proveito.
   O conhecimento é tal e qual uma espada, uma ótima arma de ataque se for afiada. E para afiarmos o nosso conhecimento temos de ler, ouvir e estar com muita atenção ao que nos rodeia. Ler é uma das melhores maneiras de fortalecer a nossa espada, mas há muitas outras formas de o fazer: ver filmes, ler BD, observar o mundo, jogar jogos de PC… Tudo o que vemos no nosso dia-a-dia enriquece-nos, precisamos é de estar atentos.
   Toda a gente já ouviu a frase: “A caneta bate a espada”, o que é pura verdade. Mas para isso é preciso ter alguém que saiba escrever, pois se as palavras nada disserem, se não houver conhecimento, as pessoas ficam vulneráveis e facilmente manipuláveis. Verdadeiros fantoches humanos.

Verónica Filipe - 9º C

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