Clube de Leitura da BE
E cá continuamos... Todas as quartas à tarde nos reunimos para usufruirmos da magia das palavras, discutindo leituras, trocando impressões, partilhando ideias e, também, escrevendo.
Como já anteriormente referimos, uma das obras que nos tem ocupado é O Triunfo dos Porcos de George Orwell, representação simbólica da sociedade numa abordagem fabulística e inquietante. A este propósito, surgiram-nos algumas reflexões e comentários de que vos deixamos aqui um pequeno exemplo, esperando motivar o interesse e a vontade de se juntarem a nós (continuamos a ser poucos, embora cheios de convicção...).
“ - Tática, camaradas, tática!
Os animais não sabiam bem o que esta palavra significava, mas Squealer
falava com tanta persuasão e os três cães, que por acaso estavam com ele,
rosnavam tão ameaçadoramente, que eles aceitaram a sua explicação sem fazer
mais perguntas.”
Este excerto mostra claramente que os animais estão a ser enganados sem
perceberem e hoje em dia, isto também acontece. Quer seja na política, no mundo
do trabalho, no meio da rua…
Squealer usou a força da palavra e do conhecimento para persuadir os
animais, apoiando-se também na força bruta. Hoje, a força já não é muito usada,
mas continua a haver muitas burlas, pois já há pessoas com conhecimento
suficiente para manipular os outros sem recorrer à força.
Uma pessoa que não é muito culta/informada é indefesa, tal como uma criança que
diz sim a tudo quando é confrontada com palavras mais difíceis.
Na minha opinião, o saber é muito importante e devemos ter curiosidade para
saber ainda mais. Assim temos um escudo contra o “ataque” daquelas palavras
mais complexas, o conhecimento. E tal como um cavaleiro quer um escudo o mais
forte possível, também nós devemos querer a nossa mente o mais reforçada
possível.
Para além de bons escudos, as palavras
também dão boas armas de ataque, que neste caso foram usadas por Squealer para
persuadir os animais mais ignorantes.
A força da palavra é uma das
coisas mais úteis e usadas neste mundo. Toda a gente já a rentabilizou pelo menos uma
vez. Por exemplo, quando queremos ir a casa de um amigo e os nossos pais não
deixam ir. Nós tentamos logo argumentar de maneira a que nos deixem sair, mas
para isso é preciso saber falar, saber usar as palavras a nosso proveito.
O conhecimento é tal e qual uma
espada, uma ótima arma de ataque se for afiada. E para afiarmos o nosso
conhecimento temos de ler, ouvir e estar com muita atenção ao que nos rodeia.
Ler é uma das melhores maneiras de fortalecer a nossa espada, mas há muitas
outras formas de o fazer: ver filmes, ler BD, observar o mundo, jogar jogos de
PC… Tudo o que vemos no nosso dia-a-dia enriquece-nos, precisamos é de estar
atentos.
Toda a gente já ouviu a frase: “A caneta bate a espada”, o que é pura
verdade. Mas para isso é preciso ter alguém que saiba escrever, pois se as
palavras nada disserem, se não houver conhecimento, as pessoas ficam
vulneráveis e facilmente manipuláveis. Verdadeiros fantoches humanos.
Verónica Filipe - 9º C
Verónica Filipe - 9º C
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